Patrimônio Histórico – Casarão da Estiva
Texto: Maria Imaculada Carvalho Leão (2002)
Foi construída em 1.840, a 4 km ao norte da Praça da Matriz, por José Carlos Bernardes, irmão de Francisco Bernardes, sogro do fundador. Seu estilo é colonial português, com muitas janelas verticais, paredes internas e externas de pau-a-pique e porão muito baixo (aproximadamente 100 cm). Seu pé direito é de 4m, tem piso de tábuas, estrutura de madeira e telhado em quatro águas, com telhas de barro (cerâmica). Suas janelas são de 2 bandeiras pivotantes de tábuas, não possuem vidro. Seu reboco foi feito com cal, areia e esterco fresco. Sua pintura era caiação nas paredes e anil nas madeiras. Os forros foram construídos de esterias de bambu.
Esta casa ficou conhecida como a casa da Estiva, que quer dizer “travessia de alagadiços”, em toras ou tábuas, com ou sem amarrios”. Era assim chamada devido a “estiva” que próximo dali existia, nos meados do século XIX.
Herdou a casa a D. Chiquinha, filha de José Carlos Bernardes, mãe de Carlos Gandra (pai do Sr. Fazinho). Sr. Fazinho morreu em 1963, deixando a casa para a Sra. Ilse, sua filha, casada com Carlinhos Jacó.
Esta casa nunca deixou de ser habitada. Hoje, mora lá, um empregado de Carlinhos e Ilse.
Não se encontra em bom estado de conservação, com algumas paredes fora de prumo e o piso muito empenado.
Atualização: Foi demolido totalmente em Junho de 2021
Nossa, morei muitos anos neste casarão a uns 37 anos atrás, e um sonho morar nesta casa, tive uma infância muito boa nela.
HOJE com 46 anos sinto muita saudades dos anos que passei neste casarão. Depois de uns 25+-lhes pais voltaram a morar la. Temos muitas histórias boas neste lugar
Fiquei triste em saber que foi demolida. Participei de alguns momentos da minha adolescência ai. Mas eu garanto que alguém deve ter falado em transformar o casarão em patrimônio histórico. Isso já fez outros casarões serem demolidos. Se demonstrar um pequeno interesse de algum político ou administrador público neste sentido, acende um alerta! Demolir rápido! Uma pena!